Sete barragens atingem volume máximo e sangram após fortes chuvas no Piauí
- Paulo Lima
- 9 de mar. de 2022
- 3 min de leitura
Todos esses reservatórios estão localizados nas regiões Norte e Centro do Piauí.

Barragem Mesa de Pedra, Valença do Piauí. — Foto: Renan Nunes/ Rede Clube
O Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi) informou que sete barragens, dos 14 reservatórios monitorados pelo órgão, já atingiram o volume máximo e estão sangrando. Nesta terça-feira (8), o Rio Longá entrou em cota de alerta para inundação na cidade de Esperantina, Norte do estado.
Segundo o diretor de engenharia do Idepi, Antônio Marcos Silva, esse processo de sangramento ocorre em algumas barragens quando as chuvas são muito intensas e provocam grandes acumulados de água.
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"Na região Norte, todas as barragens, com exceção da Barragem do Bezerro, já atingiram sua capacidade máxima. O sangradouro é importante porque é uma estrutura que permite que essa água excedente, que chega nas barragens, possa voltar para seu curso natural", explicou o engenheiro.
No Norte do Piauí, onde os reservatórios estão sangrando, o abastecimento de água opera regularmente e de forma satisfatória, conforme o Idepi. Contudo, regiões do Sul do Piauí ainda sofrem com barragens com níveis de água muito abaixo de sua capacidade.
Nos lugares que sofrem com a seca, o engenheiro Antônio Marcos afirmou que a Agespisa também opera regularmente para solucionar as crises hídricas, monitorando e viabilizando serviços para que municípios não fiquem sem acesso a água.
"Uma das saídas adotadas pela Agespisa para solucionar o problema da falta de água em barragens e desabastecimentos de cidades, como exemplo em Simões, é a busca por adutoras em outras barragens, de outras cidades", explicou Antônio.

Agespisa diz que 50% da cidade de Simões está sem abastecimento de água devido seca em barragem no PI — Foto: Prefeitura de Simões
constantemente a estrutura física dessas 14 barragens assistidas pelo órgão. Algumas dessas, estão passando por reparos atualmente. Antônio citou o exemplo do reservatório de Piracuruca, Salinas e Algodões, onde os serviços de manutenção, recuperação superficial de drenagem e reposição de equipamentos furtados estão sendo feitos.
O Idepi também informou que nenhum risco com relação ao nível da água nessas barragens foi registrado. A vistoria é feita por equipes de especializada de engenheiros barragistas, civis e agrimensores, além de geólogos e outros técnicos da área.
“Durante essas inspeções, e quando há necessidade de manutenções preventivas ou corretivas, é feito o encaminhamento dessas demandas para que os trabalhos sejam executados”, explicou o engenheiro.
Barragens que atingiram a cota
Mesa de Pedra - em Valença do Piauí;
Emparedado e Corredores - em Campo Maior;
Bezerro - em José de Freitas;
Salinas - em São Francisco do Piauí;
Piracuruca - em Piracuruca;
São Vicente - em São Miguel do Tapuio.
Barragens em obras
O Idepi está contratando, através de processo licitatório, o projeto de Recuperação da Barragem Piracuruca e Salinas. Além disso, está em fase final o projeto de recuperação da Barragem Algodões II, em Curimatá, que deve abranger a restauração das estruturas da parede da barragem.
Atualmente, das 14 barragens monitoradas pelo Idepi, apenas a Barragem do Bezerro, em José de Freitas, segue com trabalhos de reparo e manutenção sendo executados, obra que está em fase final e é de responsabilidade da Secretaria Estadual de Defesa Civil. A secretaria também deve executar os reparos necessários na Barragem Emparedado, em Campo Maior.
Barragens sob responsabilidade do Idepi
Salinas – São Francisco do Piauí;
Piracuruca – Piracuruca;
Algodões II – Curimatá;
Pedra Redonda – Conceição do Canindé;
Mesa de Pedra – Valença;
Corredores – Campo Maior;
Emparedado – Campo Maior;
Bezerro – José de Freitas;
Poços – Itaueira;
Salgadinho – Simões;
Estreito – Padre Marcos;
Poço Marruás – Patos do Piauí;
Petrônio Portela – São Raimundo Nonato;
São Vicente – São Miguel do Tapuio
Por g1 PI
08/03/2022 19h52
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